O roubo de cargas no Brasil aumentou 48% entre 2010 e 2016, gerando um prejuízo de R$ 8 bilhões para as empresas. Os dados são da Associação Nacional do Transporte de Carga, e revelam a fragilidade do nosso principal meio de transporte de carga.
Não há dúvidas de que vivemos em um país violento. Não estamos seguros em qualquer hora do dia, tanto nas ruas das capitais quanto nas cidades do interior. E nas estradas o risco é ainda maior, principalmente à noite.
A região Sudeste concentra os maiores índices de roubos de carga, com cerca de 80% do total. O estado de São Paulo criou a Lei 15.315/14 na tentativa de frear estes crimes. Ela pune os receptadores de carga roubada com a cassação da licença de inscrição no ICMS.
Entre os principais alvos dos assaltantes estão os produtos alimentícios, eletroeletrônicos e cigarros, pelo alto valor agregado e grande liquidez. Mas nos últimos anos também vem crescendo a incidência de roubos de materiais químicos e farmacêuticos.
A rede de criminosos é ampla, e espalha suas teias por funcionários públicos e outros trabalhadores envolvidos no transporte. Além de ser uma atividade subsidiária do tráfico de drogas, fomentando o ciclo criminoso e trazendo grandes lucros para os atravessadores.
Normalmente os criminosos recebem informações privilegiadas dos funcionários envolvidos. Escolhem seus alvos de forma seletiva e planejam o ataque com riqueza de detalhes. Normalmente a abordagem se dá nas estradas, mas em alguns casos pode ocorrer também nas áreas urbanas.
Geralmente os assaltantes rendem o motorista, e fazem a transferência da carga para outros veículos. Essa ação dificulta o rastreamento da carga, e facilita o repasse aos atravessadores.
COMO SE PREVENIR
Como forma de prevenção, hoje a grande maioria dos veículos possui algum sistema de rastreamento via satélite. Muitos motoristas também evitam viajar à noite, e quando o fazem vão em comboio.
O uso de escolta armada também é indicado para o transporte de cargas valiosas.
A ABC Formação de Vigilantes conta com curso de escolta armada, que capacita o aluno a adotar medidas preventivas e repreensivas aos possíveis ataques.